Reflexos e Reflexões...

HELEIETH SAFFIOTI


"A discriminação contra a mulher e o negro no Brasil é socialmente construída para beneficiar quem controla o poder econômico e político. E o poder é macho e é branco."



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO




          Para quem acompanha e curte o TEATRO MÁGICO amanhã dia 30 de Agosto de 2011, a partir das 15hs estréia no canal oficial do Teatro Mágico no youtube o clipe da canção “Amanhã...será?” do mais novo trabalho da trupe intitulado “ A Sociedade do Espetáculo” nome da obra do autor francês Guy Debord, a mesma foi publicada pela primeira vez em 1967 e todos os acontecimentos do revolucionário ano de 1968 tornaram a obra imensamente conhecida, esta versa sobre a IMAGEM enquanto elemento organizador da SOCIEDADE do CONSUMO transformando a realidade em ficção e vice-versa.

         O novo álbum completa a triologia do grupo iniciada com  “Entrada para Raros (2003) que resgata um humanismo individual, “Segundo Ato” (2008) onde as composições escolhidas colocam em debate o homem e a sociedade na qual vive e “A Sociedade do Espetáculo”(2011) apresenta letras e melodias que vem trazer o questionamento do mundo em que vivemos hoje.

         Segundo Fernando Aniteli líder do grupo a letra da canção “Amanhã...será? tem como fonte inspiradora as mobilizações populares em países do Oriente Médio, na Espanha e no Brasil, a canção “O mundo não vale o mundo meu bem” traz uma pegada Drumondiana. Entre os temas do novo disco que terá 16 canções e três vinhetas, contam-se menções simpáticas ao Movimento Sem-Terra, referências às revoltas populares no Oriente Médio, críticas à "heterointolerância branca" de nossa sociedade, canções suavemente feministas, e assim por diante.
        O Teatro Mágico continua sua proposta de trabalho chegar à cidade para discutir seu cotidiano político/cultural e causar em todos uma verdadeira catarse!!!

Alguns trechos do livro “A Sociedade do Espetáculo” (Guy Debord, 1967)

PARA REFLETIRMOS...

“...as imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida e fundem-se num curso comum, de forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida...”

“...o espetáulo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação...”

“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens...”

“A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado (que é o resultado da sua própria atividade inconsciente) exprime-se assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos ele compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo...”

“O trabalhador não produz para si próprio, ele produz para um poder independente. O sucesso desta produção, a sua abundância, regressa ao produtor como abundância da despossessão. Todo o tempo e o espaço do seu mundo se lhe tornam estranhos com a acumulação dos seus produtos alienados...”

“É pelo princípio do fetichismo da mercadoria, a sociedade sendo dominada por «coisas supra-sensíveis embora sensíveis», que o espetáculo se realiza absolutamente..”

“Nosso tempo, sem dúvida... prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser... O que é sagrado para ele, não passa de ilusão, pois a verdade está no profano. Ou seja, à medida que decresce a verdade a ilusão aumenta, e o sagrado cresce a seus olhos de forma que o cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado”. (Feuerbach — Prefácio à segunda edição de A Essência do Cristianismo)





Amanhã Será?

Se aliança dissipar
E sentença for só desamor!
A tormenta aumentará!
Quando uma comunidade viva!
Insurrece o valor da Paz,
Endurecendo ternamente!

Todo biit, byte , e tera...
Será força bruta a navegar,
Será nossa herança em terra!

Amanhecerá!
De novo em nós!
Amanhã, será?

Amanhecerá!
De novo em nós!
Amanhã, será?

O "post" é voz que vos libertará
Descendentes tantos insurgirão
A arma, o réu, o véu que cairá
Cravos e Tulipas bombardeiam
Um jardim novo se levantará.
O Jasmim urge do solo sem medo.

O sol reclama no Oriente.
Brada a lua que ilumina.
Rebelando orações e mentes.

Amanhecerá!
De novo em nós!
Amanhã, será?

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