Reflexos e Reflexões...

HELEIETH SAFFIOTI


"A discriminação contra a mulher e o negro no Brasil é socialmente construída para beneficiar quem controla o poder econômico e político. E o poder é macho e é branco."



segunda-feira, 18 de julho de 2011

"...Ilusões de Amor Puro..."




Você me dá muito pouco
E eu vou embora
O que você me deu
Vou jogar fora
O que presta pra mim
É afeição
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Eu quero alguém bem melhor
E mais bonito
Alguem que nem você eu não preciso
O resultado disso é solidão
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Não chore homem...

Mas as coisas não são assim
Não é vovó?
São coisas que a gente não escolhe nunca
As coisas do coração
Não é vovó?
Elas são como são ou a gente muda?

Amanhã eu não quero confundir
Atração sexual com ilusões de amor puro
Não chore homem...

(Vanessa da Mata)

domingo, 10 de julho de 2011

É NECESSÁRIO DIVULGAR...

Esta é a carta da Professora Amanda Gurgel recusando o 19º Prêmio PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais)

Na luta por uma Escola e Educação de Qualidade!!!!


Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda

Onde estão as aspirações Sociais e Políticas???




EDITORIAL

Texto extraído do Jornal: O Trabalho

 Esse editorial demonstra o descaso do Governo Dilma as questões sociais e políticas... onde está o TRABALHADOR no debate desse Governo??? Realmente todos SÓ QUEREM O PODER!
"A SITUAÇÃO CHEGOU AO LIMITE"
Não, não estamos falando da Grécia.
A frase foi dita por dirigente do MST durante a mobilização que levou cinco mil trabalhadores a ficarem 43 dias acampados em frente ao Incra de Marabá (PA), exigindo medidas a favor da reforma agrária. Ela expressa uma certa impaciência que existe em amplos setores dos trabalhadores.
Não sem motivo. Seis meses de governo Dilma, nenhuma sinalização de atendimento das aspirações sociais e políticas, bem ao contrário, as medidas tomadas e anunciadas estão na contramão dos interesses da maioria que deu, pela terceira vez, a vitória ao PT.
O Brasil não é a Grécia, certo. Mas o pacote de medidas aprovado pelo governo “socialista” grego, a enésima edição, em doses cavalares corresponde às exigências das instituições internacionais, o “remédio” indicado pelos capitalistas para se safarem da crise.
Afinal, a quem serve reduzir gastos e engordar o superávit primário, que nos cinco primeiros meses do ano desviou R$64,82 bilhões para os bancos?
Não serve aos que exigem reforma agrária, pois reduziu ainda mais o orçamento para aquisição de terras para assentamentos de famílias.
Não serve aos servidores federais que enfrentam a embromação do governo que não atende suas demandas e nem mesmo cumpre acordos feitos no governo anterior.
Não serve aos professores das redes municipais e estadual que ouvem de governadores e prefeitos que se negam a cumprir a Lei do Piso, a cantilena da falta de recursos por conta da política de austeridade. O que significa retomar as privatizações, como os leilões do petróleo e a entrega dos principais aeroportos do país?
Os aeroportuários alertam, é um ataque à soberania nacional e às suas condições de trabalho. Em assembléias realizadas pelo sindicato da categoria em vários aeroportos de capitais, os aeroportuários decidiram organizar a greve contra a privatização.
Os servidores federais, que já realizaram três marchas a Brasília em seis meses de governo Dilma, anunciam, se continuar a embromação podem ir à greve.
Há dois meses, em diferentes Estados e cidades, professores em greve exigem a aplicação do Piso.
Os trabalhadores demonstram na ação prática que é preciso outra política.